quinta-feira, 22 de março de 2012

A CRISTOLOGIA NO PENSAMENTO TEOLOGICO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS


A CRISTOLOGIA NO PENSAMENTO TEOLOGICO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS.

Leitura bíblica: Jo. 1:1-5, 1:29-31 – Rm.3:25 e Cl. 1:15-19 e 2:9.

3ª Parte.
 EUTIQUIANISMO, diz que Jesus possuia uma natureza mista (Divino/Humano). Conquanto com toda a probabilidade esses oponentes o tenham entendido mal, Eutico e os seus seguidores certamente recorrem a ele quando assumiram a posição de que a natureza humana de Cristo foi absorvida pela divina, ou que as duas se fundiram resultando numa só natureza, posição que envolvia a negação das duas naturezas de Cristo. O Concílio de Calcedônia, em 451, condenou esses dois conceitos e manteve a crença na unidade da pessoa, como também na dualidade das naturezas.
 ADOCIONISMO, entendem que Jesus foi um mero homem nos seus primeiros anos de vida, e que foi adotado pelo batismo como Filho de Deus, deixando de ser homem para se tornar Deus. Na igreja ocidental, Felix, bispo de Urgel, foi quem defendeu o adocionismo. Ele considerava Cristo, quanto à sua natureza divina, isto é, o Logos, como o unigênito Filho de Deus no sentido natural, mas também considerava Cristo, em seu lado humano, como um Filho de Deus meramente por adoção. Felix procurou preservar a unidade da pessoa salientando o fato de que, desde o momento da sua concepção, o Filho do homem foi absorvido na unidade da pessoa do Filho de Deus. Fez-se, assim, distinção entre a filiação natural e a adotiva, e esta não começou com o nascimento natural de Cristo, mas teve início por ocasião do seu batismo e se consumou em sua ressurreição. Em outras palavras, foi um nascimento espiritual que fez de Cristo o Filho adotivo de Deus. Mais uma vez a igreja viu a crença na unidade da pessoa de Cristo ameaçada por esse conceito e, portanto, ele foi condenado pelo Sínodo de Franckfurt, em 794.
DOCETISMO, entendem que o espirito é plenamente bom e que a carne é plenamente má. Pedro Lombardo não hesitava em dizer que, com relação à sua humanidade, Cristo não era absolutamente nada. Mas este niilismo foi logo condenado pela igreja. Alguns novos pontos foram salientados por Tomaz de Aquino. Segundo ele, a pessoa do Logos tornou-se composta na encarnação, e sua união com a natureza humana “impediu” esta última de chegar a ter uma personalidade independente. A natureza humana de Cristo recebeu dupla graça em virtude de sua união com o Logos, ou seja, dois fatores importantissimos: (a) a gratia unionis (graça da união), que lhe comunicou uma dignidade especial, de modo que até se tornou objeto de culto, e (b) a gratia habitualis (graça habitual), que a mantinha em sua relação com Deus.
Este trabalho faz parte de estudos dados no CETS, da turma de Teologia Sistemática III, em Março de 2012, cujo tema é: Cristologia.
Fonte: Berkhof, Louis
Teologia Sistemática/ Louis Berkhof; trad. por Odayr Olivetti.
Campinas: Luz Para o Caminho, 1990.

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