VOLTAR AO PRIMEIRO AMOR - Apocalipse
2:1-7
Estamos vivendo tempos de grandes
mudanças em todas as áreas: política,
religiosa, profissional, moral, ética, tudo parece que virou de cabeça para
baixo.
Há uma falta de paz generalizada, o mundo parece ter entrado em rota de colisão. As pessoas estão
perplexas diante de todos esses acontecimentos.
Também temos visto grandes catástrofes mundiais, a natureza parece
sentir dores de parto. Mudanças de todas as formas estão acontecendo no cenário
mundial sem que muito se possa fazer.
Todos esses
acontecimentos, no entanto, apontam para algo de
uma magnitude infinitamente maior: a Segunda
Vinda de Cristo e antes da Segunda Vinda propriamente, o ARREBATAMENTO da sua igreja
e estes acontecimentos são iminentes.
Por isso é tão necessário que a
igreja gloriosa do Senhor se apronte para aquele dia glorioso quando
encontraremos com o Senhor nos ares e, então, haverá as Bodas do Cordeiro. Contudo, quando o Noivo chegar quer encontrar uma Noiva alegre, feliz, avivada e
entusiasmada para ele como toda noiva deve ser.
Mas, infelizmente, o que temos visto
em nossos dias são crentes tristes, abatidos, carregando a obra de Deus como se
fosse um fardo. Precisamos urgente de
avivamento, mas para isto precisamos voltar ao primeiro amor e amar o Senhor
apaixonadamente.
Éfeso era o lugar de situação da
primeira congregação que Jesus abordou no Apocalipse e o Novo Testamento nos
diz mais acerca da história dessa igreja do que acerca de qualquer das demais.
Plantada por Paulo durante uma breve visita, a congregação de Éfeso, foi
alimentada por Priscila e Áquila, cooperadores de Paulo, e depois, segundo Atos 18:19-28, por Apolo.
Mais tarde, Paulo escrevendo da
prisão, convocou a igreja de Éfeso à
“unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus”. Paulo, orientou
os irmãos daquela igreja, a terem uma maturidade que os capacitaria a
permanecerem firmes contra as “artimanhas dos homens” e as “astúcias com que
induziam aos erros” (Efésios 4:13-14).
O apóstolo Paulo insistiu para que a
igreja exercesse o discernimento teológico quando disse: “Ninguém vos engane com palavras vãs” (Ef. 5:6).
Em AP. 2:1-7: iremos
ver que o Senhor da igreja se identifica
ao apóstolo João, como aquele que “conserva
na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro”
(Ap. 2:1), governando as suas
igrejas e habitando nelas por meio do seu Espírito Santo, à medida que elas
mantêm acesa a Luz do Evangelho em um mundo espiritualmente coberto de trevas,
engano e distorções.
Ao andar por entre as suas igrejas,
muito do que Jesus vê em Éfeso atrai a sua aprovação. A Igreja de Éfeso guardou no coração as advertências de Paulo
quanto aos predadores de fora e os enganadores de dentro; por isso,
Jesus elogia a igreja por seu discernimento teológico em expor apóstolos
fraudulentos (v.2) e recusar-se a
tolerar os nicolaítas, cujo comportamento o próprio Cristo odeia (v.6).
Contudo, apesar de Jesus
ter elogiado a conduta da Igreja de Éfeso, ele também
encontrou uma falha nessa congregação: a Igreja de Éfeso foi “valente pela verdade”, mas fracassou a
ponto de “abandonar o seu primeiro amor”
(v 4).
Alguns pensam que o “primeiro amor”
do qual Éfeso havia caído era a sua devoção a Cristo. Todavia, diferentemente
das problemáticas igrejas em Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, a igreja de Éfeso não era culpada de compartilhar com
os inimigos de Cristo nem de esfriar em seu zelo por seu Rei e Senhor!
Nesse contexto, faz mais sentido
dizer que o “teu primeiro amor”, que
havia esmorecido, era o amor dos irmãos uns
pelos outros.
Paulo havia ensinado a igreja de
Éfeso que a sua saúde enquanto “Corpo de
Cristo” dependia de “falar a verdade em amor” (Ef. 4:15). Mas parece
que aquele importante qualificador “em
amor” havia sido menosprezado em sua zelosa defesa da verdade.
As palavras daqueles irmãos em Éfeso,
eram fiéis à Palavra do Evangelho, mas eles estavam falhando em “voltar à prática das primeiras obras” 2:5.
Por isso, o texto descrito em Ap. 2:1-7, descreve com perfeição tudo aquilo que está
acontecendo em Éfeso e, por que não dizer, também nas igrejas atuais?
Apesar dos problemas o que a igreja de Éfeso tem para nos ensinar?
1.
O Senhor reconhece aquilo que é bom! Ap. 2:2, 3 e 6.
Éfeso era uma igreja que servia e
trabalhava com zelo na obra do Senhor. Provavelmente tinha uma agenda
repleta de atividades em suas programações.
Era perseverante na fé e não desistia
diante das adversidades. Tinha zelo com os que ministravam a
Palavra. Possuía uma doutrina sólida, separava-se das falsas doutrinas.
Rejeitava as obras dos nicolaítas que encorajavam os crentes a participarem das
festas pagãs daqueles dias.
Éfeso era uma igreja sofredora, que
suportava seus fardos pacientemente sem esmorecer. Por conta disso, Jesus sendo justo e reconhecedor, elogiou a igreja de
Éfeso por tudo o que ela havia feito que lhe agradou, haja vista, que Éfeso era
uma igreja que não media esforços para trabalhar para Deus, o Senhor agora
reconhecia as suas obras e o seu esforço, pois, era uma igreja que praticava
aquilo que agradava a Deus.
2.
A igreja de Éfeso abandonou o primeiro amor! Ap. 2:4
A igreja de Éfeso parecia perfeita,
ativista, separada, disposta a sacrificar-se, mas, estava sofrendo de uma
doença espiritual muda, assintomática: a
falta de amor dos irmãos uns pelos outros e consequentemente pelo Senhor!
Quem via de fora não imaginava, pelo
contrário, achava que aquela igreja era perfeita, mas o Senhor vê mentes e
sonda corações. Ele não se impressiona com exterioridades, com aquilo
que pode impressionar.
A Bíblia diz em Neemias 8:10, “Portanto não vos entristeçais, pois, a alegria do Senhor é a vossa
força”, portanto, “alegria de crente é assunto
muito sério no céu”. A igreja de Éfeso
perdera o entusiasmo, a vivacidade, a alegria contagiante que deve mover
todo cristão.
O Senhor está dizendo aqui que
aqueles irmãos faziam tudo de forma correta, mas sem a inteireza devida no
coração. O grande problema é que eles deixaram de
adorar ao Senhor porque esqueceram do primeiro amor. Éfeso perdera a
alegria do primeiro amor porque perdeu de vista a consciência da presença de Deus
na vida daquela igreja e o amor daqueles irmãos uns pelos outros estava
esfriando, estava acabando!
Na verdade, o que nos motiva a fazer
com alegria a obra de Deus é a profunda consciência que temos de sua gloriosa
presença em nossas vidas.
Em II Cr. 25:2 diz a Bíblia que Havia um rei na história do povo de Deus chamado
Amazias, ele fez tudo o que era
reto perante o Senhor, porém não com inteireza de coração e isso entristeceu o
coração de Deus. Meus irmãos, deixe-me falar uma coisa muito séria: não
entristeça o coração de Deus por falta de amor uns pelos outros!
Em Ap. 2:2,3,6, diz que a
antes gloriosa Igreja de Éfeso, que fora inicialmente elogiada pelo Senhor agora
estava sendo repreendida pelo Senhor e corria o risco de perder o seu candeeiro
(sua luz) caso não se arrependesse.
Não bastava Deus
reconhecer e elogiar as suas boas obras. Deus como pai que se preocupa com
seus filhos, agora exorta a Igreja de Éfeso sobre uma obra que praticaram e que
acabaram por abandonar e isso acabou por desagradar a Deus: "tenho, porém, contra ti que deixaste
o primeiro amor" (v.4). Queridos
irmãos, a igreja havia esfriado e havia deixado os preceitos de Deus, agora
Deus veio e a exortou.
Há um dito popular que diz: “Quando
o mundo fecha uma porta, Deus abre uma janela”. Por tanto, nem tudo estava
perdido para Éfeso!
3.
Deus oferece condições para restaurar a igreja! Ap. 2:5
Diante de uma situação adversa
qualquer, a melhor medida a ser tomada, é parar um pouco e rever as condições a
ser tomadas para a solução do problema. E para a Igreja de Éfeso, Deus exige 3 condições!
I.
Condição: LEMBRAR! “Lembra-te de onde caíste!”
Lembrar o que foi perdido e buscar o desejo de restabelecer a comunhão íntima com Deus
e com os irmãos, sem dúvida é uma condição que agrada a Deus, independentemente da posição em que estamos
ou do cargo que ocupamos.
A Bíblia diz no Salmo 51:17 que “um
coração quebrantado e arrependido jamais será desprezado por Deus”. Isso vale para a igreja de
Éfeso, isso vale para a igreja ITB, isso vale para nós individualmente.
II.
2ª Condição: ARREPENDER! “Arrepende-te!”
A Bíblia diz em I Jo. 1:9, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
O que o Senhor
estava dizendo a Igreja de Éfeso, era que só poderia ser cumprida a segunda
condição se houvesse arrependimento e perdão.
É preciso arrepender-se,
mudar de atitude, confessar o pecado da frieza e apatia espiritual que tem
contaminado o povo de Deus nas igrejas de hoje. Arrependimento é o ato que nos levará de volta ao “primeiro
amor”.
III.
Condição: FAZER O BEM! “Voltar à
prática das boas obras!”
Uma ação de bondade faz bem não
apenas há quem faz, mas para quem recebe também. Fazer o bem transforma o
mundo, traz felicidade e esperança. Fazer o bem é doar amor, doar um pouco de
si para os outros e fazer isso com o coração quebrantado e sobretudo
arrependido. E arrepender-se, implica
em mudança de mente (Metanoia), o que indica restauração à comunhão inicial
rompida pelo pecado da negligência.
Hoje a gloriosa Cidade de Éfeso que
se esqueceu do “primeiro amor” não
passa de um montão de ruínas onde não brilha mais luz alguma, onde o Senhor “moveu o seu candeeiro” e a deixou na
escuridão por causa da falta de obediência à sua Palavra e a prática do
verdadeiro amor. Diante dessa situação entendemos que o Senhor não estava
brincando ao usar aquelas palavras de dura repreensão.
Para a Igreja de Éfeso, apesar de
todos os avisos por parte do Senhor, não houve mudança naquela igreja, ela
perdeu o seu candeeiro e ficou na escuridão por não praticar e voltar ao primeiro
amor.
A antes desejável tornou-se
descuidada, negligenciou o entusiasmo do amor a Cristo e perdeu seu lugar de
privilégio.
As instruções de Cristo a Igreja de Éfeso serve para as nossas igrejas
de hoje, bem como para os nossos relacionamentos com nossos irmãos.
Queridos irmãos, fica aqui um alerta a todos que querem trabalhar na
seara do Senhor, não adianta pregar, expulsar demônios, curar enfermos ou falar
em línguas, se a essência maior da
igreja já não existe, se o primeiro amor foi perdido, se as coisas estão sendo
feitas, não pela vontade de Deus, mas pela vaidade de crescer e querer
aparecer, assim como foi com a Igreja de Éfeso que diante desse sucesso todo
acabou esquecendo do seu primeiro amor.
A Igreja de Éfeso era um exemplo que
se tornou uma base missionária na pregação da palavra de Deus.
Mas os afazeres “das
várias programações”, as preocupações de manter o
sucesso entre as demais igrejas, talvez tenha sido as causas que a fez perder
algo tão sublime e maravilhoso: O SEU PRIMEIRO
AMOR. Amém!
Hoje o que está faltando na maioria das igrejas é voltar ao Primeiro Amor, este sentimento tão maravilhoso, foi ou está sendo esquecido por muitos.
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